domingo, 26 de maio de 2013


Lares potiguares desperdiçam 25% do que consomem

Uma banana machucada, alface com as folhas escurecidas, um restinho de feijão e lá se vão quilos e quilos de alimentos direto para o lixo. A taxa de desperdício de alimentos no Rio Grande do Norte é alta. 25% de tudo o que é consumido nos lares potiguares é desperdiçado, rejeito que daria para alimentar cerca de 500 mil pessoas, mais da metade da população de Natal. Somente na Central de Abastecimento do Estado (Ceasa), para cada tonelada, são desperdiçados 300 quilos de alimentos. Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada por acadêmicas do curso de Nutrição do Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN).
Júnior SantosEstudo revela que 80% do desperdício da Ceasa vai para o aterro e 20% serve de ração animalEstudo revela que 80% do desperdício da Ceasa vai para o aterro e 20% serve de ração animal

As hortaliças estão entre os gêneros que corriqueiramente vão parar no cesto de lixo e grande parte desse desperdício é provocada pelos próprios comerciantes, segundo o grupo de estudantes. “Como as hortaliças duram apenas dois dias, o armazenamento inadequado contribui para o estrago”, explica Kathiene Lima, uma das integrantes do grupo.

Esse quadro, no entanto, não está restrito apenas ao Rio Grande do Norte e se repete em outros estados. Apesar de ser um grande produtor mundial, o Brasil está entre os países que mais desperdiçam alimento, ocupando a décima colocação no ranking. Um paradoxo frente a mais de 870 milhões de pessoas que passam fome em todo planeta, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

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