O canto vivo das caatingasItaércio Porpino
Itaércio Porpino
Em Lajes, município do semiárido potiguar, a cantoria dos vaqueiros ainda ecoa no meio da caatinga. Mas essa tradição, ligada às raízes do homem do campo que vive de tanger o gado, está prestes a desaparecer da pequena cidade potiguar. Por isso, o radialista lajense Francisco Tárcio Araújo, de 35 anos, tem pressa em fazer o videodocumentário “Aboio: A Poesia do Vaqueiro, o Lamento das Caatingas”, contemplado no Programa Revelando os Brasis, voltado para a democratização do audiviosual em cidades com menos de 20 mil habitantes.
Ratão Diniz

A
rotina, as histórias e o canto
tradicional dos vaqueiros e aboiadores
ganham vida no documentário “Aboio: a poesia do vaqueiro, o lamento das
caatingas”
No
ano passado, durante o levantamento de dados para o projeto, o
radialista contou meia-dúzia de vaqueiros aboiadores em Lajes, que tem
como símbolo seu Raposo, de 88 anos. “Percebi que eles estavam se
acabando, que a tradição estava morrendo. Seus filhos não são vaqueiros,
estão trabalhando no comércio; e os netos estão fazendo faculdade em
Natal ou Mossoró. Não há perspectiva”, diz Tárcio, que tem pressa também
porque há um prazo para o documentário ficar pronto. A previsão de
lançamento é início de agosto.
tradicional dos vaqueiros e aboiadores
ganham vida no documentário “Aboio: a poesia do vaqueiro, o lamento das
caatingas”
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