Legado de Vargas persiste 60 anos após suicídio, aponta historiador
Especialista destaca herança getulista na política e na economia.
Neste domingo (24), faz seis décadas que o ex-presidente se matou.
Pijama usado por Getúlio Vargas no
dia de sua morte é exibido no Palácio do Catete (Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Passadas seis décadas do suicídio do presidente Getúlio Dornelles
Vargas, legados do ex-chefe do Executivo ainda continuam vivos na
política, na economia e na estrutura social brasileira, aponta o
historiador Gunter Axt, doutor em História Social da Universidade de São
Paulo (USP). Pressionado por militares e pela oposição a renunciar ao
mandato, o presidente que mais tempo ficou à frente do país pôs fim à
própria vida, aos 72 anos, com um tiro no coração disparado por um
revólver Colt calibre 32.São espólios da administração getulista, por exemplo, a Petrobras, a Companhia Vale do Rio Doce, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de conquistas sociais como a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o salário mínimo e o voto feminino. Contabilizando-se os dois momentos em que comandou o Palácio do Catete, antiga sede do governo federal, o gaúcho do pequeno município de São Borja, na fronteira do Brasil com a Argentina, ditou os rumos do país ao longo de 19 anos.
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