Transplantes simultâneos salvam a vida de duas pessoas no Recife
Andréa e Horácio receberam fígados por meio da técnica 'dominó'.
Famílias se conheceram na sala de espera da cirurgia.
Andrea Cavalcanti e Horácio Calil
agora prometem manter contato (Foto: Moema França/G1)
Após 15 horas de cirurgia, as vidas de Andrea Cavalcanti, de 44 anos, e
Horácio Calil, 64, mudaram significativamente. É que os dois passaram
por um transplante de fígado por meio da técnica "dominó", também
conhecida como "repique", em que dois transplantes são realizados
simultaneamente. A cirurgia foi feita no Recife no dia 29 de julho e,
nesta quarta (6), os dois receberam alta do Hospital Jayme da Fonte, na
Zona Norte da cidade.Andrea é portadora de polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), uma doença degenerativa que começava a prejudicar o movimento de suas pernas. Ela recebeu o fígado de um paciente cuja morte cerebral havia sido diagnosticada. Além de receptora, Andrea doou seu fígado para Horácio, que tinha colangite esclerosante primária, doença autoimune causadora de muita coceira e um cansaço severo. Horácio pode desenvolver a doença de Andrea, mas somente dentro de 30 anos. Não seria possível transplantar o fígado dela para um paciente jovem, por causa do risco de a doença aparecer cedo.
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