domingo, 10 de agosto de 2014


“Não é só o Governo. Está em jogo o futuro do Estado”

Anna Ruth Dantas
Margareth Grillo
Vicente Neto

Repórteres

Presidente da Câmara dos Deputados e presidente estadual do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves disputa pela primeira vez o Governo do Rio Grande do Norte. Traz o tom do discurso da conciliação e da união para superar grandes desafios. Na área da saúde, a proposta é reaparelhar os hospitais regionais e centralizá-los no atendimento de média complexidade. Ele defende, ainda, a união de esforços de todas as entidades e o Governo Federal para construir o Hospital de Trauma, projeto da administração atual que não saiu do papel . Diante do quadro de insegurança, o candidato analisa que é necessário um trabalho concentrado da Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Para Henrique Eduardo Alves é inconcebível que cada uma dessas entidades “falem linguagens diferentes” quando o foco da segurança é único.
A situação financeira do Estado é o quadro de maior preocupação. Ele chama atenção para o fato que o reequilíbrio financeiro ocorrerá a partir de uma parceria com o Governo Federal, renegociação do estoque de dívidas do Estado e a celebração de parcerias público privada. Se eleito, Henrique Eduardo garante implantar sistemas de meritocracia para avaliar a carreira dos servidores estaduais.  “Precisaremos da compreensão dos aliados políticos porque a equipe de Governo precisa ser centrada na capacidade técnica e não nas indicações políticas”, avisa o candidato. Confira, abaixo, a entrevista concedida à TRIBUNA DO NORTE:
Alex RégisHenrique Eduardo Alves, candidato ao Governo do Rn 
 
Henrique Eduardo Alves, candidato ao Governo do Rn
O Rio Grande do Norte vive uma crise econômica. Qual será a primeira providência do senhor, caso seja eleito governador?
A questão do Rio Grande do Norte é muito grave e ampla. Tenho uma preocupação com a governabilidade. E precisamos criar um ambiente de convivência institucional entre os entes do Estado e a sociedade civil. Temos que fazer uma mesa redonda de muita responsabilidade porque está em jogo não só o Governo, que hoje é um e amanhã será outro. Está em jogo o Estado, algo muito mais amplo. A Saúde, por exemplo. Tenho informações de que o repasse mínimo, do Governo do Estado para manter a rede básica de saúde pública na capital, é de R$ 40 milhões. Desse total, R$ 10 milhões são para pagar dívidas de fornecedores. Restam R$ 30 milhões. Mas, sabe quanto é o repasse do Governo do Estado para a SESAP? R$ 17 milhões. Ou seja, todo mês tem um buraco de R$ 23 milhões daquilo que necessitaria a saúde. Se você vai acumulando mês a mês, onde isso vai chegar? Essa é uma situação muito grave que envolve hoje todo Rio Grande do Norte.

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