quinta-feira, 24 de maio de 2018


A chantagem dos caminhoneiros

Ao vergar-se em salamaleques diante da pressão, Temer, Parente e o Congresso incentivam outras categorias a adotar a estratégia da confusão


Por Helio Gurovitz
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, ao anunciar a redução no preço do diesel. Até "executivos independentes" não escapam das regras da política (Foto: Reprodução GloboNews) O presidente da Petrobras, Pedro Parente, ao anunciar a redução no preço do diesel. Até "executivos independentes" não escapam das regras da política (Foto: Reprodução GloboNews) O presidente da Petrobras, Pedro Parente, ao anunciar a redução no preço do diesel. Até "executivos independentes" não escapam das regras da política (Foto: Reprodução GloboNews)
Depois de três dias com quase 400 bloqueios de estradas em 23 estados e no Distrito Federal, voos cancelados por falta de combustível, ônibus parados, linhas de montagem paralisadas, desabastecimento e alta no preço de hortaliças e a ameaça de continuar a manter o país refém, os caminhoneiros conseguiram enfim o que queriam: dobraram Brasília e a Petrobras.
O presidente da estatal, Pedro Parente, engoliu sua empáfia de executivo independente e foi à TV anunciar a redução de 10% do preço do diesel por 15 dias. Como Parente deixou claro que não aceitaria voltar à manipulação populista dos preços em prejuízo da empresa, o governo se viu obrigado a responder à chantagem cortando impostos (eles são de 28% no diesel e 44% na gasolina). Começou então a ciranda política.

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