A chantagem dos caminhoneiros
Ao vergar-se em salamaleques diante da pressão, Temer, Parente e o Congresso incentivam outras categorias a adotar a estratégia da confusão
Por Helio Gurovitz
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Depois de três dias com quase 400 bloqueios de estradas em 23 estados e
no Distrito Federal, voos cancelados por falta de combustível, ônibus
parados, linhas de montagem paralisadas, desabastecimento e alta no
preço de hortaliças e a ameaça de continuar a manter o país refém, os
caminhoneiros conseguiram enfim o que queriam: dobraram Brasília e a
Petrobras.
O presidente da estatal, Pedro Parente, engoliu sua empáfia de
executivo independente e foi à TV anunciar a redução de 10% do preço do
diesel por 15 dias. Como Parente deixou claro que não aceitaria voltar à
manipulação populista dos preços em prejuízo da empresa, o governo se
viu obrigado a responder à chantagem cortando impostos (eles são de 28%
no diesel e 44% na gasolina). Começou então a ciranda política.
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