sábado, 27 de dezembro de 2014

RN não tem obras complementares

Roberto Lucena
Repórter

Oito anos após o início das obras de transposição do rio São Francisco, o Rio Grande do Norte ainda não está preparado para receber os benefícios desta que é considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do país. Com previsão de inauguração em dezembro de 2015, a transposição esbarra logo na porta de entrada em território potiguar. O município de Major Sales, a 427 quilômetros de Natal, ainda não possui saneamento básico e aguarda liberação de R$ 8 milhões para iniciar o projeto.
Jean FábioJoana D’arc, da Semarh, fala sobre investimentos na área 
 Joana D’arc, da Semarh, fala
sobre investimentos na área

Enquanto os municípios potiguares não fazem o “dever de casa” e não viabilizam as obras necessárias para receber a transposição, o Ministério da Integração (MI) também não cumpre prazos e posterga a data de início do processo licitatório para as obras no RN. No Estado, a transposição tem investimento calculado em R$ 1,2 bilhão e prevê duas entradas de água no Estado.

A primeira, pelo Eixo Norte, tem início em Cabrobó-PE e segue até o reservatório Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras-PB. A partir deste reservatório, o rio Piranhas será perenizado e transportará naturalmente água para o Rio Grande do Norte até a barragem Armando Ribeiro Gonçalves. A segunda entrada de água no Estado, pelo Ramal do Apodi, iniciará no reservatório Caiçara, na Paraíba, e seguirá  até o reservatório Angicos, em Jardim de Angicos, por meio de canais, aquedutos e túneis que terão início no município de Jardim de Piranhas.

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