Projetos levam esperança ao campo
Itaércio PorpinoA chuva não molha o chão faz tempo. E o sol, feito um braseiro, maltrata tudo que é ser vivente. A paisagem do semi-árido potiguar nunca foi tão hostil, mas também o momento nunca foi tão alentador. Em muitas comunidades socioeconomicamente vulneráveis – dessa e de outras partes do Rio Grande do Norte – os moradores estão deixando apenas de sonhar e ter fé e passando a ver perspectivas reais de melhorar de vida. E isso sem precisar mudar de lugar; apenas trabalhando e produzindo com o que tiram da terra e de suas tradições.
Um dos principais catalisadores dessa mudança de cenário – senão o principal – é o projeto RN Sustentável, que com recursos do Banco Mundial deve injetar no interior do Estado, nos próximos cinco anos, 540 milhões de dólares. O dinheiro será usado para ajudar grupos produtivos organizados em associações e cooperativas a desenvolver e escoar sua produtividade.
João Vital
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De uma maneira geral, os investimentos serão feitos na contratação de assistência técnica, na compra de equipamentos, em treinamento profissional e consultoria voltada para a melhoria da logística e comercialização dos produtos.
A equipe técnica do projeto, formado por técnicos de dez secretarias do Estado, fez uma radiografia dos grupos produtivos do RN, levantando a quantidade e identificando os tipos e suas principais dificuldades, e é a partir desse diagnóstico – inédito – que as ações vão ser desenvolvidas.
Contempladas nos primeiros editais lançados pelo RN Sustentável, algumas organizações produtivas já vão poder contar com recursos do Banco Mundial em 2015. Uma delas é o Clube de Mães e Jovens Tereza Celestina Dantas, organização social liderada por mulheres da comunidade Povoado Cruz, em Currais Novos, na região Seridó.
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