Bombeiros sugerem interdição
Paredes descascadas e fiação exposta. O cenário de desgaste e depredação na entrada da Casa do Estudante antecipa a situação do interior do prédio. Quartos, cozinha, sala de estudo, diretoria e, principalmente, banheiros não têm condições de serem usados. Cerca de 120 estudantes moram no local em situação difícil de sobrevivência. Diante desta situação, a Defesa Civil do Município, o Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária deram o prazo de cinco dias para que se apresente medidas que melhorem as instalações do local.O Corpo de Bombeiros também sugeriu ao Ministério Público que tome a iniciativa de pedir a interdição da prédio, se não houver uma solução nesse prazo. Mas os estudantes afirmam que não têm para onde ir e não querem abandonar seus respectivos cursos.
Dos 100 quartos coletivos, metade estão ocupados. Não por vagas abertas, mas sim porque os outros 50 não reúnem possibilidade de habitação. Jorge Danilo, estudante de Engenharia Civil da Universidade Potiguar, está na Casa do Estudante há dois anos, mas vive mudando de quarto. “Eu estava no quarto 50, mas toda vez que chove tenho que ir para outro porque entra água”, disse. O quarto em questão apresenta alem dos buracos no telhado, mofo, lodo e fiação elétrica precária. Apesar de ter que se mudar, o quarto com goteiras é um dos preferidos de Jorge Danilo para estudar, isso porque fica longe do barulho vindo dos outros quartos que ficam um do lado do outro e sobretudo para não usar um espaço que chamam de Salão de Estudo. Este tem poucas mesas e cadeiras, o chão está sujo, têm fungos nas paredes e lodo.
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