Especialistas defendem aprovação da PEC do financiamento da educação
Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em audiência pública na Câmara dos Deputados, especialistas e
deputados discutiram, nesta quarta-feira (20), o financiamento da
educação superior e da educação básica, incluído na Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 032/1999. A proposta determina “a concessão de
bolsas de estudos e crédito educativo para o ensino médio e superior aos
estudantes carentes em instituições privadas”. De acordo com os
participantes, o financiamento da educação, tanto básica, quanto
superior, chegando inclusive a pós-graduação, precisa ser estimulado.
“Quando se coloca na Constituição é mais difícil não cumprir. Nossas
famílias têm arcado com o pesado ônus da educação dos filhos. A PEC vem
no sentido da expansão tanto para educação superior quanto para educação
básica”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo da Associação
Nacional dos Centros Universitários, José Augusto Trindade Padilha.
O assessor jurídico da Associação Brasileira de Mantenedoras da
Educação Superior, José Roberto Covac, chama a atenção para outro
aspecto, o aproveitamento dos centros de ensino: “Existem instalações de
ensino superior que ficam ociosas em determinados períodos, como pela
tarde. Se houvesse financiamento para a escola, para o estudante, para
que o espaço fosse ocupado, certamente estaríamos chegando, inclusive, a
pessoas que por falta do que fazer, ficam nas ruas, das drogas”, disse.
Nessa terça-feira (19), os deputados aprovaram a medida provisória
588/12 que abre crédito extraordinário de R$ 1,68 bilhão para o Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies). O fundo é destinado a financiar de 50%
a 100% da graduação de estudantes em instituições privadas. No ano
passado, foram mais de 360 mil contratos firmados, mais do dobro dos 153
mil registrados em 2011. A matéria agora segue para votação no Senado
Federal.
O Fies financia encargos educacionais de estudantes com renda familiar
mensal bruta de até 20 salários mínimos – com porcentagem de
financiamento definida de acordo com a renda – a juros de 3,4% ao ano,
que podem ser pagos em até três vezes o prazo do financiamento mais 12
meses.
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