Relatório mundial confirma pior seca do Nordeste em 50 anos
O Nordeste brasileiro enfrentou em 2013 a pior seca dos últimos 50 anos, com redução drástica das chuvas em função de uma onda de calor que afetou também o clima em outras partes do mundo, como na Austrália. As conclusões são de um relatório da Organização Meteorológica Mundial, divulgado hoje.O relatório indica um aumento de meio grau na temperatura média da terra que, além de secas, provocou também tufões, furacões e inundações em vários países. Os dados são compilados desde 1961. Segundo o relatório, a Austrália teve o ano mais quente das últimas cinco décadas e a Argentina o segundo mais quente.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), o Rio Grande do Norte teve dois anos seguidos de seca. E 2012 foi pior que 2013. Os dados sobre o volume acumulado de chuvas em 2012 indicam que em 133 municípios (80%) do total, o quadro foi considerado “muito seco”. E em outros 16, seco.
Em 2013 a situação foi mais amena, apesar de não menos grave. 47 municípios ficaram na classificação “muito seco” e 45 em “seco”. Em 2012 o inverno só foi normal em dois municípios. Em 2013 choveu satisfatoriamente em 55.
A classificação é feita pela Emparn levando em conta as médias históricas de cada município. No entanto, a estação é considerada “muita seca” quando o volume de chuvas fica abaixo de 75% da média. Em Apodi choveu 322 milímetros em 2012 e o ano foi “muito seco”. Em Angicos, as chuvas atingiram 294 milímetros e o município ficou na classificação “seco”.
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