segunda-feira, 24 de março de 2014

Relatório mundial confirma pior seca do Nordeste em 50 anos

O Nordeste brasileiro enfrentou em 2013 a pior seca dos últimos 50 anos, com redução drástica das chuvas em função de uma onda de calor que afetou também o clima em outras partes do mundo, como na Austrália. As conclusões são de um relatório da Organização Meteorológica Mundial, divulgado hoje.
O  relatório indica um aumento de meio grau na temperatura média da terra que, além de secas, provocou também tufões, furacões e inundações em vários países.  Os dados são compilados desde 1961. Segundo o relatório, a Austrália teve o ano mais quente das  últimas cinco décadas  e a Argentina o segundo mais quente.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), o Rio Grande do Norte teve dois anos seguidos de seca. E 2012 foi pior que 2013. Os dados sobre o volume acumulado de chuvas em 2012 indicam que em 133 municípios (80%) do total, o quadro foi considerado “muito seco”. E em outros 16, seco.
Em 2013 a situação foi mais amena, apesar de não menos grave. 47 municípios ficaram na classificação “muito seco” e  45 em “seco”. Em 2012 o inverno só foi normal em dois municípios. Em 2013 choveu satisfatoriamente em 55.
A classificação é feita pela Emparn levando em conta as médias históricas de cada município. No entanto, a estação é considerada “muita seca” quando o volume de chuvas fica abaixo de 75% da média. Em Apodi choveu 322 milímetros em 2012 e o ano foi “muito seco”.  Em Angicos, as chuvas atingiram 294 milímetros e o município ficou na classificação “seco”.

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