40 anos do HWG: O pulso ainda pulsa!
O jovem senhor completa hoje 40 anos de atividades. Pelo tempo de serviço, já estaria aposentado. Não fossem os pulsos que mantém seus batimentos cardíacos numa nem sempre compassada sintonia, o Hospital Walfredo Gurgel, que é o maior complexo hospitalar do estado, já teria ido a óbito diante de tantas crises enfrentadas ao longo de quatro décadas de (sobre)vida. As mesmas histórias de 1973, ano do início das suas atividades, se repetiram nas décadas seguintes e são tão comuns atualmente, que o Hospital Walfredo Gurgel não é reconhecido pelas milhares de vidas que ali se salvaram ao longo de tanto tempo.
Emanuel Amaral
O
tomógrafo de 16 canais e imagens em três dimensões é um dos
equipamentos de alta tecnologia do HWG. Algumas dessas ferramentas não
são encontradas nem mesmo nos grandes hospitais particulares
O
tomógrafo de 16 canais e imagens em três dimensões é um dos
equipamentos de alta tecnologia do HWG. Algumas dessas ferramentas não
são encontradas nem mesmo nos grandes hospitais particularesE sim, pelas recorrentes crises de abastecimento, falta de profissionais, corredores que se assemelham às enfermarias coletivas dos campos de guerra e pacientes à espera de atendimento. Muitos não lembram, porém, que é dali que saem vidas salvas, mesmo diante de tantos desafios.
De 1973 a 2013, o fluxo de pacientes aumentou numa proporção inversa a dos investimentos em ampliação. Somente uma grande obra, a construção do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, concluída no início de 2001, foi realizada até hoje. O que serviria como uma ponte de safena para a obstruída artéria aorta da rede pública estadual de Saúde, quatro meses após sua fundação já apresentava os mesmos problemas de superlotação do seu vizinho adulto.
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