O mundo em que vivemos é ecocida
Leonardo Boff - teólogoAdital - No final de
setembro, centenas de cientistas reunidos em Estocolmo para avaliar o
nível de aquecimento global do planeta, o conhecido Painel
Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC), nos transmitiram
dados preocupantes: “Concentrações de dióxido de carbono (CO2), de
metano (CH4) e de óxido nitroso (N2O), principais responsáveis pelo
aquecimento global, agora excedem substancialmente as maiores
concentrações registradas em núcleos de gelo durante os últimos 800 mil
anos”. A atividade humana influiu nesse aquecimento com uma certeza de
95%. Entre 1951 e 2010 a temperatura subiu entre 0,5ºC e 1,3ºC e em
alguns lugares já chegou a 2ºC. As previsões para o Brasil não são boas:
poderemos ter, a partir de 2050, um permanente verão durante todo o
ano. Tal temperatura poderá produzir efeitos devastadores para muitos
ecossistemas e para crianças e idosos.
Júnior Santos
Aumento
da temperatura em
escala global agrava situação de regiões áridas, como
o sertão nordestino que enfrenta secas frequentes
Os
cientistas do IPCC fazem um apelo ardente para que se iniciem no mundo
todo imediatamente ações, em termos de produção e de consumo, que possam
deter este processo e minorar seus efeitos maléficos. Como disse um dos
coordenadores do relatório final, o suíço Thomas Stocker: “A questão
mais importante não é onde estamos hoje, mas onde estaremos em 10, 15 ou
30 anos.
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