domingo, 31 de março de 2013

40 anos do HWG: O pulso ainda pulsa!


Ricardo Araújo - repórter

O jovem senhor completa hoje 40 anos de atividades. Pelo tempo de serviço, já estaria aposentado. Não fossem os pulsos que mantém seus batimentos cardíacos numa nem sempre compassada sintonia, o Hospital Walfredo Gurgel, que é o maior complexo hospitalar do estado, já teria ido a óbito diante de tantas crises enfrentadas ao longo de quatro décadas de (sobre)vida. As mesmas histórias de 1973, ano do início das suas atividades, se repetiram nas décadas seguintes e são tão comuns atualmente, que o Hospital Walfredo Gurgel não é reconhecido pelas milhares de vidas que ali se salvaram ao longo de tanto tempo.
Emanuel AmaralO tomógrafo de 16 canais e imagens em três dimensões é um dos equipamentos de alta tecnologia do HWG. Algumas dessas ferramentas não são encontradas nem mesmo nos grandes hospitais particularesO tomógrafo de 16 canais e imagens em três dimensões é um dos equipamentos de alta tecnologia do HWG. Algumas dessas ferramentas não são encontradas nem mesmo nos grandes hospitais particulares

E sim, pelas recorrentes crises de abastecimento, falta de profissionais, corredores que se assemelham às enfermarias coletivas dos campos de guerra e pacientes à espera de atendimento. Muitos não lembram, porém, que é dali que saem vidas salvas, mesmo diante de tantos desafios.

De 1973 a 2013, o fluxo de pacientes aumentou numa proporção inversa a dos investimentos em ampliação. Somente uma grande obra, a construção do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, concluída no início de 2001, foi realizada até hoje. O que serviria como uma “ponte de safena” para a obstruída artéria aorta da rede pública estadual de Saúde, quatro meses após sua fundação já apresentava os mesmos problemas de superlotação do seu vizinho adulto.

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