domingo, 15 de setembro de 2013

Sem água... resta a esperança

Roberto Lucena - Repórter

Não adianta abrir a torneira. O gesto simples e corriqueiro  para a maioria das pessoas foi subtraído da rotina de milhares de norte-rio-grandenses. Há mais de um mês, o sistema de abastecimento de pelo menos nove cidades entrou em colapso. Com mananciais secos, gestores municipais são obrigados a impor políticas de contingenciamento. Em Ipueira, a 305 quilômetros de Natal, o “vale água” faz o controle do fornecimento de 40 litros de água potável por dia. Enquanto outros municípios correm o risco iminente de enfrentar situação idêntica,  a execução de obras de infraestrutura hídrica sob responsabilidade do Estado e União  caminha em letargia.

O colapso no abastecimento é uma das consequências mais graves da estiagem que devasta o Rio Grande do Norte desde o ano passado. Inicialmente, a produção agrícola foi limada. Não demorou muito e o gado definhou até a morte. Cemitérios de animais se espalharam por várias cidades.  Dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faern) apontam redução de 70% na produção de alimentos e perda do rebanho superior a 40%.
Júnior SantosO pecuarista José Vieira recolhe água salobra para oferecer ao gado
O pecuarista José Vieira recolhe água salobra 
para oferecer ao gado

Sem chuva e sob sol forte, os reservatórios não resistiram à evaporação. O volume d’água caiu vertiginosamente e o colapso anunciado foi inevitável.

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