Pandemia segue acelerando e está fora de controle na maioria dos países, alerta OMS
Casos globais se aproximam dos 12 milhões, sendo que metade deles foram reportados somente nas últimas seis semanas. A Covid-19 'não deixou nenhum país intocado. Ela humilhou todos nós', disse diretor-geral nesta quinta-feira (9).
Por G1
3 de julho - Um padre e um trabalhador usam equipamento de proteção
individual (EPI) em um crematório, em meio à pandemia do coronavírus, em
Nova Déli, na Índia — Foto: Anushree Fadnavis/Reuters
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
demonstrou preocupação com o avanço da pandemia de coronavírus a nível
global nesta quinta-feira (9), durante durante a reunião dos estados
membros. Segundo a organização, os casos seguem fora de controla na
maioria dos países.
"Na maior parte do mundo, o vírus não está sob controle, está piorando", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a reunião dos estados membros.
"Mais de 544.000 vidas foram perdidas. A pandemia ainda está se acelerando", alertou Tedros.
Até esta quinta, mais de 11,8 milhões de casos de coronavírus foram
relatados desde o início da pandemia, sendo que metade deles foram
relatados somente nas últimas seis semanas, de acordo com a OMS.
"A pandemia da Covid-19 não deixou nenhum país intocado. Ela humilhou todos nós", lamentou o diretor-geral da agência.
Ainda durante a reunião, a OMS anunciou a criação de um grupo
independente para analisar a evolução da pandemia e a resposta dos
países contra o coronavírus. O grupo será co-presidido pela ex-Primeira
Ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, e pela ex-presidente da
República da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.
'Perdemos muitos profissionais da saúde'
Tedros demonstrou solidariedade aos profissionais da saúde em todo o mundo e lamentou as milhares de mortes na área.
"Nunca esquecerei as imagens dos profissionais de saúde que usavam máscara por tanto tempo no turno, que tinham marcas e machucados impressos no rosto, salvando vidas e arriscando suas próprias vidas. Perdemos muitos profissionais de saúde", disse.
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