'Não merecia', diz irmã de Capoeira, morto 1 ano após comover o país com gentileza
Durante enchente em 2019, guardador de carros usou caixotes para que idosa não molhasse os pés. Vaquinha online o permitiu comprar duas casas na Pavuna, mas teve pouco tempo para aproveitar: 'Mudou a minha história e a do filho', disse irmã ao G1.
Por José Raphael Berrêdo, G1 Rio
Sorridente, Capoeira posou para o G1 ao reencontrar a idosa que ajudou
em Copacabana, em abril de 2019 — Foto: Marcos Serra Lima/G1
Em abril de 2019, a manicure e diarista Claudine Rocha Santos se encheu
de esperança de ver melhorar a vida do irmão, o guardador de carros
Varlei Rocha Alves, à época com 50 anos.
Capoeira, como era conhecido, havia acabado de comover
o país ao aparecer em vídeo nas redes sociais fazendo uma espécie de
ponte de caixotes para que uma idosa cruzasse a enchente, durante grande temporal em Copacabana.
A gentileza foi recompensada. Semanas depois, por meio de uma vaquinha online
organizada pelo site Razões Pra Acreditar, recebeu mais de R$ 150 mil
para comprar uma casa. A meta era R$ 40 mil e, com o "extra", ele pôde
comprar dois imóveis, em um mesmo terreno na Pavuna. Morava em cima, e
Claudilene ficou embaixo, com a família.
A notícia da morte de Capoeira, devido a uma parada cardiorrespiratória, provocou nova comoção nas redes sociais na terça-feira (23). Se, no ano passado, o sentimento foi de alento em meio à tragédia que deixou 10 mortos, desta vez, os relatos foram de tristeza.
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