Ricardo Paes de Barros: “A crise da educação é mais grave do que a da pobreza”
O economista liberal, um dos pais do Bolsa Família, diz que o Plano Nacional de Educação é pouco ambicioso e critica o preconceito no governo contra o setor privado
FLÁVIA YURI OSHIMA E GUILHERME EVELIN
Ricardo Paes de Barros – A meta é investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2024. Nenhum outro país coloca tanto dinheiro na área. Mas o Brasil tem a educação típica de um país que tem metade da renda per capita brasileira; está 25 anos atrás do Chile e tem apenas metade dos jovens cursando o ensino médio na idade certa. São problemas graves. Então, se pedirem 10% do PIB para mexer na educação, acho que a sociedade brasileira deve dar. Mas deve dar sob a condição de garantir que a situação mudará, com um plano sério, bem explicado, com metas.
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