Falta infraestrutura para Mais Médicos
Ricardo AraújoPassados dois anos da implementação do Mais Médicos, pelo menos 35 municípios do RN não aderiram ao Programa. E em parte das cidades onde o programa chegou, o dever de casa ainda não foi feito por muitas Secretarias Municipais de Saúde. Em centenas de localidades existe o profissional, na maioria estrangeiros, mas falta desde o esparadrapo ao sistema informatizado de prontuários para a garantia do atendimento padrão. Nos distritos potiguares nos quais o acesso aos serviços públicos é mais difícil, a triste realidade do descaso dos governos municipais é quase uma regra. As Unidades Básicas de Saúde (UBS), por fora, estão pintadas e bem cuidadas. Por dentro, porém, apresentam infiltrações, paredes mofadas e o mobiliário enferrujado denuncia quão velhos são macas, birôs e cadeiras para procedimentos médicos. O risco de acidentes é iminente. O cenário do que biblicamente é descrito como “sepulcro caiado” não é pior por causa dos profissionais que abriram mão de suas famílias e vidas em suas cidades e países de origem e passaram a garantir atendimento médico em regiões historicamente rejeitadas por médicos brasileiros.
Júnior Santos
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