Polícia constata fraude em sessão que derrubou vetos
Ricardo Della Coletta, Ricardo Brito, Daiene Cardoso - Agência EstadoBrasília (AE) - A comprovação de uma fraude durante a votação dos vetos presidenciais à lei da nova distribuição dos royalties do petróleo, em março, desencadeou uma reação da bancada do Rio de Janeiro no Congresso e deputados chegaram a defender a anulação da sessão que impôs perdas bilionárias aos estados produtores.
O movimento, capitaneado pelo líder do Partido da República, Anthony Garotinho (RJ), fez o presidente do Congresso Renan Calheiros (PMDB-AL) enterrar, em nota divulgada na noite de sexta-feira, a possibilidade de uma nova votação. “A sessão continua válida, já que o voto mencionado não interferiu no resultado da votação. A urna onde foi depositado o voto do referido deputado continha 39 votantes”, disse o presidente do Senado. “Ainda que toda a urna fosse anulada, seria insuficiente para alterar o resultado final”, concluiu.
Zeca Ribeiro
Anthony Garotinho lidera movimento paraanular votação
Com a reivindicação barrada por Renan, Garotinho diz agora que estuda a possibilidade de ir ao Supremo Tribunal Federal pela suspensão da votação.
Na sexta, reportagem do site Congresso em Foco revelou que um inquérito recém-concluído pela Polícia Legislativa da Câmara comprovou que a assinatura do deputado federal Zoinho (PR-RJ) foi falsificada durante a sessão de apreciação dos vetos. À época, a fraude foi denunciada pelo próprio parlamentar, que estava em trânsito entre Brasília e o Rio de Janeiro no momento em que ocorria a votação.
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