Cinco médicos da UTI cardiológica do Hospital Walfredo Gurgel
pediram desligamento dos cargos em uma carta destinada à diretora do
hospital, Maria de Fátima Pereira Pinheiro. No texto, assinado pelos
médicos George Paulo Cobe Fonseca, Cristiane Guedes Pita, Luciano Pilla
Pinto, Rodrigo Lopes de Sousa e Sterfferson Luiz Melo Duarte, eles
relatam dificuldades de infraestrutura e más condições de trabalho.Segundo
os profissionais, a UTI sofre com falta de equipamentos adequados,
problemas no ar condicionado e infiltrações, além de sobrecarga da
jornada de trabalho. Na carta, eles ainda denunciam assédio moral,
através de coações. “Sem vislumbrar perspectivas de soluções, buscando
não compactuar com esse caos perene e estando inconformados com o
completo descaso, solicitamos nosso desligamento”, dizem os médicos na
conclusão do texto.
O
secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, afirmou que recebeu
com surpresa a carta. Segundo ele, já estava marcada, para a próxima
segunda-feira (8), uma reunião com os profissionais para atender os
pleitos. “O Governo do Estado não se exime dos problemas e espera que os
servidores entrem em acordo e resolvam permanecer nos cargos”. Ele
explicou que, se realmente os médicos quiserem pedir exoneração, o
Estado não tem como interferir e evitar.
Atualmente, a UTI
cardiológica do Walfredo Gurgel conta com cinco médicos especialistas,
quando na verdade deveria ter sete, sendo seis cobrindo os plantões e um
chefiando a unidade.
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