‘Se continuar a seca no próximo ano, não é só gado que vai morrer'
Sara VasconcelosO setor agropecuário vive um momento difícil com a estiagem prolongada, aumento do custo de produção e redução em mais de 10% do rebanho potiguar no ano passado, segundo o presidente da Associação Norte-Riograndense de Criadores (Anorc), Antônio Teófilo. “São quatro anos de seca. E se continuar assim, se não chover no próximo ano não vai morrer só o gado, vão morrer humanos, porque essa crise hídrica é violenta”, afirma. Em entrevista à Tribuna do Norte, ele defende a implementação de políticas públicas urgentes para resolver as questões da agropecuária do Nordeste. “No caso específico do nosso Estado, ter um preço mais justo para os produtos e subsídios para os insumos”, afirma. Antônio Teófilo avalia os efeitos da seca, da reformulação do Programa do Leite e a realização da festa do Boi, que será encerrada hoje. Confira a entrevista.
Adriano Abreu

O
presidente da Anorc,
Antônio Teófilo, expõe dificuldades do setor, o
que inclui chuvas escassas e a alta do dólar impulsionando os custos
Pesquisa recente do IBGE mostra um crescimento do rebanho de 6,34% em 2014 e, também, da produção leiteira. Ao que se deve esse aumento, na avaliação do senhor?
Vamos por detalhes. Primeiro, pelos dados do Idiarn, o rebanho não cresceu. Diminuiu em mais de 10% de 2013 para 2014. E não reduziu mais ainda porque vem gado de Maranhão, Piauí e Tocantins que os criadores importam para fazer engorda nesses estados. Já a questão do leite é outra história, cresceu.
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