sexta-feira, 18 de abril de 2014

Praças da PM e do Corpo de Bombeiros iniciam greve na terça-feira

Valdir Julião - Repórter

Os praças da Polícia Militar do Rio Grande do  Norte confirmam a deflagração de paralisação dos serviços a partir da próxima terça-feira (22), a fim de forçarem o governo estadual a apresentar uma proposta de envio da Lei de Promoções para votação na Assembleia Legislativa. Um grupo de praças está acampado em frente a Governadoria, no Centro Administrativo. Eles pretendem ficar no local até à Copa do  Mundo, caso o governo não reabra a negociação ou não atenda as reivindicações da categoria, como um reajuste no soldo salarial de 56,7%.

O vice-presidente da Associação Nacional de Praças, cabo Jeoás Santos, diz que a categoria não teme pelo esvaziamento da paralisação, nem por eventual pedido de ilegalidade do movimento junto à Justiça Estadual por parte do governo. Jeoás Santos lembrou que a paralisação dos serviços pelas Polícias Militares nos estados começou em 1997 e, mesmo não havendo uma previsão constitucional sobre o direito de greve dos policiais militares, “o nosso entendimento é que também não existe uma regulamentação que nos proíba fazer a paralisação”.

O presidente da Associação de Sargentes e Subtenentes da PM-RN, Eliabe Marques, disse que se não tem nada previsto na Constituição Federal sobre o direito de greve dos praças, “também não está tipificado nenhum ordenamento jurídico” proibindo qualquer movimento de paralisação de atividades essenciais, como é o policiamento ostensivo e segurança pública. Ele explicou, ainda, que a corporação não vai fazer nenhum tipo de operação padrão, mas lembrou que, desde 2012, a orientação dada aos praças é para que exerçam suas atividades, dentro do número mínimo de 30% do efetivo, do que chamam “Segurança com segurança”.

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