terça-feira, 8 de abril de 2014


Atrasadas, obras da Transnordestina em PE prejudicam porto de Suape

Trinta e quatro municípios pernambucanos são cortados pela ferrovia.
G1 encontrou canteiros abandonados e muitas dúvidas dos moradores.

Katherine Coutinho Do G1 PE

Em São José do Belmonte, os trilhos cobertos por pedras servem de estrada para moradores. (Foto: Katherine Coutinho/G1) 
 Em São José do Belmonte, os trilhos
 cobertos por pedras servem de estrada para moradores.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Quando as obras da ferrovia Transnordestina começaram, em 2006, a previsão era que fossem concluídas em 2010. Porém, uma série de entraves com desapropriações e alterações de projeto, além de questões ambientais, fizeram o prazo ser estendido para setembro de 2016, segundo o Ministério dos Transportes – totalizando dez anos de obra, em vez dos quatro iniciais. Os adiamentos e a falta de informação fazem a população e empresários do Sertão de Pernambuco, por onde os trilhos vão passar, não saberem o que esperar do futuro.
Há três trechos ainda em obras. Em um deles, entre Salgueiro e Suape, são previstos 306 quilômetros em obras, estando prontas atualmente 55% da infraestrutura, 53% das obras de arte especial e 35% da superestrutura.
"Suape receberia grandes navios, que fariam o transbordo para navios pequenos e outros modais, e a ferrovia é um dos fatores determinantes. Não existe no mundo um grande porto sem uma grande ferrovia", aponta o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Márcio Stefanni.
O secretário informou que, ano passado, Suape bateu o recorde de movimentação de cargas, com 12,8 milhões de toneladas. A expectativa é que a ferrovia aumente essa circulação. "Junto com a Refinaria [Abreu e Lima, obra da Petrobras], essa quantidade subiria, inicialmente, para 30 milhões de toneladas", afirmou.

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