'Agressão emocional', diz motorista do Samu que se mudou de casa para evitar risco de contaminação de familiares por Covid-19 no RN
Luciano Silva decidiu ficar isolado dos filhos e da companheira antes mesmo do primeiro caso confirmado do novo coronavírus no estado.
Por Rafael Barbosa, G1 RN
Luciano Silva e os filhos, Arthur Gabriel e Yanni — Foto: Arquivo Pessoal
Há quase dois meses Luciano Silva não abraça os filhos e a sua
companheira. Durante o mesmo período, está isolado e mantendo o mínimo
de contato possível com pessoas de fora do seu trabalho. Luciano começou
a desenvolver quadro depressivo por causa dessa situação. Ele é
condutor socorrista do Samu de Mossoró, no Oeste potiguar, e se afastou
de todos os que ama por amor: para não correr o risco de contaminá-los
com a Covid-19.
“Uma agressão emocional. Você não vê o corpo agredido, mas sente”,
resume o motorista, que tem 55 anos e há 15 atua no Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência. Além de condutor socorrista, Luciano
também dá palestras de primeiros socorros em escolas e outras
instituições, atividade que está suspensa por causa da Covid-19.
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