Na penitenciária de Alcaçuz, presos se articularam para batalha
Presos usaram esquema de identificação e organização em confrontos.
Penitenciária, a maior do RN, foi palco de matança no sábado (14).
Confronto entre facções tinha esquema de identificação e organização de batalha (Foto: Andressa Anholete/AFP)
Os presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, que
deram início a uma série de rebeliões no último sábado (14),
desenvolveram artifícios para se identificarem nos confrontos e montaram
esquemas de guerra. Em uma verdadeira batalha campal, ocorrida na última quinta-feira (19), eles se dividiram por vestimenta e posições dentro da penitenciária para atacar e se defender.
Presos ligados ao PCC usam braçadeiras feitas de pano para identificação (Foto: Josemar Gonçalves/Reuters)
Os detentos do PCC, facção que dominou os pavilhões 4 e 5 de Alcaçuz
após a matança, em sua maioria, se identificam por não usar camisa e ter
braçadeiras feitas de pano amarradas aos braços. Já os detentos do
Sindicato do RN, facção que domina os pavilhões 1, 2 e 3, usaram
tornozeleiras, também feitas de panos, e muitos estavam de camisa na
hora da batalha.
Já os presos ligados ao Sindicato do RN usam tornozeleiras feitas de pano (Foto: Andressa Anholete/AFP)
Durante o confronto, as duas facções estavam divididas no espaço que
liga os pavilhões. Do lado esquerdo, os integrantes do Sindicato do RN
e, do direito, os do PCC. Armados com barras de ferro, paus e pedras,
eles montaram barricadas com grades, chapas de ferro dos portões,
armários e colchões. Dois dos detentos, inclusive, usavam coletes de
proteção durante o confronto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário