quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Na penitenciária de Alcaçuz, presos se articularam para batalha

Presos usaram esquema de identificação e organização em confrontos.
Penitenciária, a maior do RN, foi palco de matança no sábado (14).

Andréa TavaresDo G1 RN
19/01 - Presos são vistos durante um confronto de facções na penitenciária de Alcaçuz, perto de Natal, no Rio Grande do Norte (Foto: Andressa Anholete/AFP)Confronto entre facções tinha esquema de identificação e organização de batalha  (Foto: Andressa Anholete/AFP)
Os presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, que deram início a uma série de rebeliões no último sábado (14), desenvolveram artifícios para se identificarem nos confrontos e montaram esquemas de guerra. Em uma verdadeira batalha campal, ocorrida na última quinta-feira (19), eles se dividiram por vestimenta e posições dentro da penitenciária para atacar e se defender.
19/01 - Presos atiram pedras durante um confronto de facções na penitenciária de Alcaçuz, perto de Natal, no Rio Grande do Norte (Foto: Josemar Gonçalves/Reuters)Presos ligados ao PCC usam braçadeiras feitas de pano para identificação  (Foto: Josemar Gonçalves/Reuters)
Os detentos do PCC, facção que dominou os pavilhões 4 e 5 de Alcaçuz após a matança, em sua maioria, se identificam por não usar camisa e ter braçadeiras feitas de pano amarradas aos braços. Já os detentos do Sindicato do RN, facção que domina os pavilhões 1, 2 e 3, usaram tornozeleiras, também feitas de panos, e muitos estavam de camisa na hora da batalha.
16/01: Presos são vistos no telhado com uma bandeira que traz os dizers  'Nós queremos paz, mas não fugimos da guerra' durante rebelião na penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte (Foto: Andressa Anholete/AFP)Já os presos ligados ao Sindicato do RN usam tornozeleiras feitas de pano (Foto: Andressa Anholete/AFP)
Durante o confronto, as duas facções estavam divididas no espaço que liga os pavilhões. Do lado esquerdo, os integrantes do Sindicato do RN e, do direito, os do PCC. Armados com barras de ferro, paus e pedras, eles montaram barricadas com grades, chapas de ferro dos portões, armários e colchões. Dois dos detentos, inclusive, usavam coletes de proteção durante o confronto.

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