Controle de ponto pedido por Jesus no Flamengo já existe: R$ 100 de multa para cada minuto de atraso
Aos poucos, treinador português vai impondo seus métodos de trabalho no Rubro-Negro
Por Cahê Mota — Rio de Janeiro
O choque cultural é inevitável, e Jorge Jesus faz questão de entender
minuciosamente como tudo acontece no Flamengo. Mais do que as questões
técnicas e táticas, o treinador buscou informações do cotidiano do Ninho
do Urubu. E é aí que fica evidente o contraste Europa x Brasil.
Nas primeiras visitas ao Centro de Treinamento, quando recomendou grama
mais baixa e conheceu todo espaço, o português questionou como era
feito o controle de horário da chegada dos jogadores ao ambiente de
trabalho. Informação que foi publicada pelo jornalista Mauro Cezar
Pereira, no UOL. A resposta, apurou o blog, soou como curiosa, mas é
corriqueira no dia a dia dos clubes brasileiros.
Jorge Jesus, técnico do Flamengo — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
Primeiros a chegarem ao vestiário para que tudo fique arrumado,
roupeiros, massagistas e enfermeiros receberam a incumbência de observar
quem chega além do horário previsto. O modus operandi é simples:
passado o combinado, basta olhar no relógio e anotar quantos minutos
determinado atleta se atrasou. De forma simples e manual.
E os atrasos são punidos assim: para cada minuto, o atrasado contribui com R$ 100 para a caixinha destes mesmos funcionários.
Diante da explicação, Jorge Jesus comparou e disse que nos clubes onde
trabalhou este processo ocorria de forma eletrônica, fosse por biometria
ou foto tiradas em câmeras instaladas na entrada do CT. No Flamengo,
porém, a tendência é que tudo continue à moda antiga. Até porque, a
caixinha é sagrada.
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