O Flamengo não investiu mais de R$ 100 milhões em jogadores por acaso. Eis os números de 2018
Contratações caras deram início à nova fase de uma jornada que começou seis anos atrás. A era Eduardo Bandeira de Mello tirou a aeronave rubro-negra das pistas e a deixou em cruzeiro
São Paulo
Rodolfo Landim e Eduardo Bandeira de Mello — Foto: FotoBR
Passada a decolagem, acima das nuvens, quando a aeronave chega a cerca
de 11 quilômetros em relação ao chão, o comandante avisa que o voo
entrou em nível de cruzeiro. A altitude torna o ar fique rarefeito,
então o avião encontra menos resistência e poupa combustível enquanto
mantém a velocidade. Menos turbulências, mais conforto para os
passageiros. A aviação nos serve de metáfora para entender o estado
financeiro do Flamengo. Pois é nesta fase do clube que deixou o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello em 2018.
A publicação das contas auditadas do último ano de Bandeira na direção,
no fim da semana passada, deu números finais para os seis anos de
administração. Não precisamos reescrever toda a história, mas, fazendo
uso da aviação, pode-se dizer que o grupo de empresários e executivos
que chegou ao poder em 2013 pegou a aeronave rubro-negra ainda na pista,
danificada e sem combustível para ligar os motores. Havia quase R$ 800
milhões em dívidas, quatro vezes mais do que receitas, e nenhuma
perspectiva de fazer investimentos em futebol.
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