domingo, 1 de março de 2015


Petrobras demite e vende reservas

Nadjara Martins
Repórter

Considerada uma das maiores cadeias econômicas do Rio Grande do Norte, a produção de petróleo hoje segue movimento descendente. O estado fechou 2014 com leve queda de 0,2% na produção diária em relação ao ano anterior. Nos últimos quatro anos, o rendimento não chega a 60 mil barris de petróleo por dia. A redução acumulada também causa a perda de competitividade junto à maior exploradora do país. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do RN, a redução de investimentos da Petrobrás já levou a demissão de quatro mil petroleiros. No ano passado, a estatal também deu entrada na venda de participação de duas reservas em águas profundas recém-descobertas  na Bacia Potiguar.

Nos últimos anos, a Petrobrás voltou os olhos para a exploração da camada pré-sal em detrimento de investimentos nos chamados campos maduros, concentrados no Nordeste. Estes campos possuem uma produção menor e ainda exigem investimentos contínuos em  recuperação, com injeção de gás e adensamento de malha para estabilizar a produtividade. Em 2013, a estatal chegou a apresentar um plano de investimento de R$ 1,8 bilhão nos 82 campos do RN até 2018.

Entretanto, o escândalo da Operação Lava Jato, que envolveu o superfaturamento de obras da estatal pelo Brasil, pode barrar ou atrasar a chegada de investimentos, na avaliação de entidades da cadeia petrolífera potiguar. De acordo com informações colhidas pela reportagem junto às empresas prestadoras de serviço, a média de perfurações nos últimos anos caiu de 800 para 100 por ano.

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