domingo, 8 de março de 2015

Crise hídrica é resultado de uma sucessão de erros’



Entrevista - Eduardo Assad
Pesquisador

A resolução da crise hídrica de São Paulo depende, estruturalmente, de um projeto de revegetação dos 34 mil hectares desmatados em torno do Sistema Cantareira, defende Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa. Segundo ele, cálculos baseados em estudos científicos apontam para a necessidade de plantar em média 800 mudas de árvores por hectare, totalizando 30 milhões de mudas em torno da Cantareira. “Se fizer a regeneração com novas mudas, a água volta em cinco anos”, garante, em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone.
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O pesquisador afirma que se um plano emergencial não for posto em prática, com a previsão de menos chuvas para este ano, a tendência é de que a crise fique ainda mais acentuada, correndo-se o risco de falta de abastecimento em julho. Ele explica que por conta das mudanças climáticas, nos últimos cinco anos, em Campinas, houve uma redução na quantidade de chuvas, e a média anual de 1.600 milímetros de chuva caiu para 1.200, embora no último ano o registro tenha sido de 900 milímetros. “Essa é uma quantidade de chuva de transição entre agreste e semiárido”. Diante desse cenário, alerta, é preciso “iniciar imediatamente a manutenção da distribuição na área urbana, e isso inclui o início imediato da revegetação. Obviamente a transposição também é necessária, porque o paciente está na UTI, porque do contrário em julho não haverá água.

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