domingo, 25 de novembro de 2018

Por Kleber Teixeira e Anderson Barbosa

Pescadores atacados por embarcação estrangeira chegaram a Natal neste domingo (25) — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi Pescadores atacados por embarcação estrangeira chegaram a Natal neste domingo (25) — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi 
Pescadores atacados por embarcação estrangeira chegaram a Natal neste domingo (25) — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
Os tripulantes do navio atuneiro potiguar que foi atacado por um barco chinês na quinta-feira (22) chegaram a Natal neste domingo (25). Três dos 10 homens que estavam na embarcação Oceano Pesca I são de São Miguel do Gostoso, e um deles relatou o susto. “Na hora, a gente pensou que ia morrer”.
O gostosense Lucivaldo Batista disse que ele e os colegas chegaram a pedir para que os chineses não atacassem. “Na hora do impacto o barco encheu de água, todo mundo achou que ia morrer. Choramos, ajoelhamos, pedimos a eles para não fazer aquilo com a gente e ficamos pedindo a Deus, só esperando”, relata.
“Muito assustador”, resumiu o cearense Vanaldo Morais, operador de máquinas do atuneiro potiguar. “Quando ele chegou aqui, começou a desacelerar o barco dele e jogar parafuso, e fez a volta, para bater na gente”, lembra.
A tripulação conseguiu resistir ao ataque e voltar no próprio barco.
O ataque
O navio atuneiro potiguar tem cerca de 22 metros de comprimento e o chinês o dobro do tamanho. O ataque aconteceu a 420 milhas da costa brasileira (676 quilômetros), já em águas internacionais. Não houve feridos.
“Está acontecendo uma guerra no mar, uma guerra pelo atum”, disse Gabriel Calzavara, presidente do Sindpesca.
O sindicalista contou que o navio chinês bateu propositalmente no Oceano Pesca I, que é o nome da embarcação potiguar. “Por rádio, o comandante chinês disse, em português, que iria mandar ao fundo o navio brasileiro. E começou a se aproximar muito rapidamente, até bater”, afirmou.

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