Justiça tem 31,6 mil processos de presos como o do goleiro Bruno
São ações de presos provisórios de competência do júri popular, que aguardam recursos ou até o primeiro julgamento, segundo dados do CNJ. Goleiro foi beneficiado pelo STF.
A Justiça brasileira contabiliza pelo menos 31.610 processos com réus
que serão julgados ou foram condenados por um júri popular, mas que
ainda aguardam, em prisão provisória, o julgamento de seus recursos. É o
caso do goleiro Bruno Fernandes. Condenado por um júri popular,
ele aguardava o julgamento de seu recurso em prisão provisória havia
mais de seis anos e foi solto após ser beneficiado por um habeas corpus
do Supremo Tribunal Federal (STF), por excesso de prazo em sua prisão.
Bruno foi condenado em 2013 pelo Tribunal de Júri de Contagem (MG) pela
morte de Elisa Samudio, mas sua prisão era provisória desde as
investigações, ou seja, ele ainda não estava cumprindo a pena. Para o
ministro Marco Aurélio Mello, que concedeu a liminar, nada justifica a
espera pelo recurso de apelação (leia a íntegra da decisão).
Agora, o goleiro vai poder responder ao restante do processo em
liberdade. Se o recurso contra o júri for negado, ele pode ser preso
novamente.
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